Boa noite, meus filhos!

Aquele que muito sabe, muito é cobrado.

Do mesmo modo, aquele que se importa e se interessa em aprender para justificar seus afazeres em detrimento de seus irmãos, fazendo-lhes julgamentos de caráter imaginário, de suas próprias visões que são curtas e se limitam a momentos ou partes da longa história das almas que julga, entra em interdição de seu tempo, que deveria ser um patrimônio envolvido em abençoar e aprender; e, da mesma forma que nosso Pai trabalha sempre, de que adianta os filhos quererem descanso para a mente se ela vaga pelos submundos, se iludindo em afazeres do orgulho e da revanche das ofensas e mágoas passadas, que agravam sua conduta no orgulho e na insensatez de se achar como um ser insubstituível.

A verdade, meus filhos, não tem dois lados. Ela tem somente uma figura e, mesmo que agindo como fractal da mente, cabe a cada ser lapidar.

A verdade, mediante a máxima do Evangelho: amar a Deus sobre todas as coisas e ao seu irmão como a ti mesmo.

Diferente das acusações íntimas das últimas semanas, é notável como a fúria contida em um sorriso que esconde a verdade de suas intenções engana somente a alma que não se conhece e recai no mesmo que julga ser vítima.

Anteriormente já os advertimos: tudo está interligado.

Quando damos asas à imaginação, ela cria.

Quando deixamos de lado a vigilância e optamos por afazeres do mundo para nosso sustento, estamos certos de que a prosperidade engloba muitas verdades, e uma delas, como lei, é a caridade.

A cada um que se atrela a atividades chamadas equilibradas e espiritualistas, têm responsabilidades consigo mesmo de se melhorar a cada instante.

De analisarem em si mesmos tudo que é necessário mudar. O fardo jamais é mais pesado que a alma não possa carregar e superar.

Quando começamos a encontrar desculpas e não organizamos nossa agenda mental para servir diariamente, caímos nos julgamentos e tristezas de que estamos sendo sobrecarregados.

A balança do tempo segue o pêndulo. E esse tem seu próprio ritmo, e as leis são imutáveis.

Meus filhos, entre vós deve haver o amor, único portal seguro para as atividades da casa da acolhida.

Engana-se quem pensa que as obras de subsistência também são importantes, mas em segundo plano, quando se compreende que não existe matéria que delimite a ação das almas que os rodeiam.

Acalmar, acalentar, acolher o ser que vive em seu lar, que vive e que encontramos aleatoriamente e, muito mais, aquele que caminha ao nosso lado como aprendizes que somos. Devemos ter em mente que a natureza multiplica tudo que seja útil à evolução, e o que não se encaixa, desaparece.

Como forma ultrapassada da matéria que ganha nova paisagem na Nova Terra.

A Nova Terra, ao contrário do que muitos pensam, não é algo fora da alma que labuta na existência planetária; é uma frequência íntima que a cada momento se faz presente no universo, ajustando e ajeitando as variáveis para que tudo flua em harmonia. O tempo nada mais é que uma invenção humana para se ter como ativo, em formas múltiplas, o que ele não tem controle.

Afinal, é sabido que a mente desgovernada é como um touro bravio.

Arranca cercas e não tem sossego, fazendo de sua vida um vício sem controle, misturando ansiedade, medos e, aleatoriamente, um relacionamento conturbado ao seu redor, cheio de cobranças e entulhos mentais, facilmente domados com a simples inclusão da respiração — de que, assim como entra e sai o ar, pode sair o orgulho e a raiva; basta equilíbrio e ressignificar no bem os acontecimentos passados que continuam criando situações dolorosas.

Assim como um espinho que, a cada respiração do desagravo, se atrela à carne mais profundamente.

A Nova Terra é lugar de compreensão, amor, servidão, alegria uns aos outros.

Os melindres, julgamentos, preguiças disfarçadas, orgulho e vaidade não têm lugar nos corações.

Pensar que possamos adentrar novas moradas com desleixo do que possuímos é, no mínimo, ingenuidade das verdades do Evangelho.

Aqui somos seres livres, mas a liberdade da consciência tranquila é algo incomparável que traz bem-estar e alegria em qualquer mundo que habitamos.

Cedamos vazão à dor e à miséria, e nos esforcemos em vencer esses obstáculos materiais, mas deles criamos, pois tudo que almejamos egoisticamente, mais deles temos.

Ao contrário, tudo que fazemos pelo prazer e alegria de amar e cuidar, plantamos e colhemos do mesmo.

Entender a diferença, meus filhos, de que não há separação da espiritual e material, é particular de cada um. Embora pareça paradoxal, é facilmente explicado por aquele que interroga seu coração e sente na mente o caminho da verdade.

Todos somos capazes de fazer ajustes e aprender a conviver, trabalhar no servir e assim nos candidatar a uma excursão na Nova Terra, não importando as aparências do Velho Mundo que nos rodeiam e tentam nos iludir. Saberemos nos manter firmes na fé e no trabalho do bem, de auxílio mútuo, sempre, que nos leva a sermos como nosso mestre Jesus nos ensinou.

Que seremos reconhecidos pelo quanto amamos uns aos outros.

Que Zumbi possa clarear seus caminhos para a verdadeira Liberdade, aquela que somente quem verdadeiramente ama possui, e suas intenções são vistas por plateia silenciosas — não há necessidade de escândalos e falatórios.

Paz e bem.

Pai João.

25/07/2025

Por Geovana S. E.