Boa noite, irmãos. Através do amor, conseguimos grandes feitos. Ai de mim, pequeno ser que sou, que sinto fome e dor, que sinto angústia e descrença, que me afundo nos questionamentos procurando respostas quando elas não têm como agir, pois entender não significa exemplificar a fé. Quem muitos caminhos quer trilhar, pouco, quase nada, empreende de verdadeiro ao seu próprio ser.

Aquele que busca muitas coisas fica pulando de galho em galho ou não se questionando sobre as verdades do evangelho? Mas quem disse que dizeis a verdade? E, sendo ela uma questão que não imaginas o começo, sabes o meio e, muito menos, tens noção do futuro, que é particularmente fruto do trabalho no ontem; e o presente, nada mais que o entendimento do ontem. E quando pensamos no evangelho e o que Jesus nos fala? Porque quem negue que ele existiu e foi um ser de carne e extremada bondade, para ser um ser que apenas está na imaginação alheia.

Quando pensamos nos compromissos e nos porquês do mundo, acabamos nos perdendo nas dúvidas e medos, que ganham proporções enormes e acabam por consumir, em poucas décadas, aquilo que seria edificante, curativo ao ser.

Quando nos perdemos no caminho, nos justificamos com vários motivos.

Ora, vamos pensar como a criança que, por hora, brinca descontraída e absorve com seu coração as lições com facilidade. Ao passar pela mente crítica, um pouco acentuada, como um guarda na porta da casa íntima, é mais relapso pela pouca idade e facilidade e o ligamento com seu mentor espiritual.

Passando o tempo, com a educação, as crenças e, dependendo da cultura que tem, se esquece a criança de quem é e passa a ter visões, pesadelos, choros, medos que não compreende, uma certa melancolia ou certos hábitos de falar sozinho, de se isolar ou se despir da alma sem o crivo do discernimento, pois sua sabedoria infantil não educada ou acaba levando a situações em que o mais simples afeto é tido como questionado.

Quando falamos do aprendizado de quem somos, de onde viemos e o que estamos fazendo nesse vale de lágrimas, podemos nos ressentir e não querer admitir que a responsabilidade de sabermos essas questões vem de nossa alma, que se sente preguiçosa para a evolução.

Uma encarnação é muito pequeno instante no universo para ser comparada ao infinito da alma, que vagueia nas vicissitudes e fazendo escolhas que são respeitadas.

Aquele que se perde, aquele que perde, recebe. Aquele que procura, a porta abre. Não existem enganos, existem leis. As questões íntimas de cada ser, por mais criança que seja, é de acordo com sua enciclopédia de vidas passadas.

Sendo assim, um ser adiantado e interessado em evoluir não se esquece de seu compromisso, mesmo sendo ou estando em estado infantil. Agora, vamos ponderar as dificuldades enfrentadas pela maioria das almas.

Primeiro, busca um conhecimento sem foco. Segundo, buscam aliviar seus temores e trabalham com má vontade, pois esperam negociar as dívidas contraídas na vida ao longo das encarnações, levando em questão uma pequena sensação de desconforto mental ou corpóreo através de uma doença; e sua alma, mergulhada na carne, não tem lembrança clara do sofrimento que veio sanar em si mesmo, mas recomeçar é necessário: boa vontade e interesse de dar passos à frente.

Buscam interesses materiais e íntimos.

Acostumados com facilidades que, às vezes, abusaram, se veem em situações que os fazem transpor limites impostos, o que lhes causam desconfortos que preferem empurrar com a barriga, enchendo seus estômagos e seus egos com tudo que o prazer pode lhes dar, deixando para amanhã, quando muito, para um depois muito longo. E quando se percebem sem tempo, que passa rápido, perdem e imploram clemência, que hoje será dado, mas que não muda sua situação, que necessita de mudanças e de novas provas.

Nenhuma dificuldade de contato existe. Existe apenas desinteresse de se aprimorar e sacrificar o conforto ou os bens materiais, que só servem para encher vidas vazias de coisas e afazeres. Quando Marta questionou Jesus, reclamando que sua irmã o ouvia em suas palestras, Jesus lhe advertiu: “Nem só de pão vive o homem, mas de toda palavra que vem de Deus”. Mais ou menos assim: examine sua competência e seu foco.

Quando se deseja mudanças, é preciso trabalhar por elas. Quando não damos valor às luzes que recebemos, elas se apagam por tempo indeterminado, até que nos decidimos por abrir os olhos. Todos somos capazes, se queremos ser úteis; nesses, necessitamos nos tornar útil.

Sermos como as crianças curiosas, que buscam companhias alegres e que lhes dão atenção com gosto de ensinar e ter sua companhia. Somos sempre bem-vindos ao conhecimento com amor, sinceridade; a boa vontade e a alegria é a fórmula do amor incondicional que nos une uns aos outros pelo simples prazer de estarmos juntos.

Gostaríamos de salientar que aquele que procura conhecimento, e que dele já é um pequeno portador, naturalmente já fez um longo caminho. Um longo caminho, passo a passo, em vidas passadas. Cair, todos caem; falhar é da tendência de um mundo em que as vibrações pesadas causam ilusões. Mas nada disso é importante para aquele que crê no futuro, que se abre em cada momento e põe seu foco em aprender com amigos que se encontram com o interesse de ajudar e ser útil. Vamos à obra! A vinha do Senhor necessita de todos. Que Deus nos abençoe. Paz e bem.

Prece de Cáritas. Encerramento.

11 de abril de 2025. 

Por: Geovana S. E.