Boa noite meus irmãos
Venho na noite de hoje dar um testemunho.
Peço que minhas palavras possam auxiliar meus irmãos que se iludem no que acham ser o verdadeiro exemplo de viver no evangelho.

Ser cristão não é sinônimo de julgar e condenar,
não é bater no peito que leio a palavra e dela sou sábio.

Também não se refere a carregar a palavra nos braços e nos lábios como palavras repetidas sem passar pelo crivo da razão.

É mudado os tempos e as correntes que nos amarram ao chão, porem ser cortadas com a verdade do caminho.
As árvores têm raízes que se comunicam entre elas e o que sabíamos disso há anos atrás?
Não tínhamos interesse em estudar e o oculto por assim já bastava para ser de ordem da descrença.
Pois agora que as facilidades da 3ª dimensão nos faz retornar ao passado, podemos mostrar as cidades, as ordens e toda a ganância e beleza que levavam a adulterar a palavra.

Mas atentai ao verbo: a palavra é luz e como luz brilha como as raízes das árvores, mesmo não vistas continuam seu trajeto, pois se comunicam através da intuição e fé e trabalham incessantemente através dos séculos.

Aquele que se esquece do benefício da imaginação e do estudo, e por que não dizer a curiosidade e a criatividade para cumprir o trajeto com um belo porvir?
Onde falta a esperança, onde as palavras são substituídas e mudadas seu significado, onde fica o coração dos homens?
Sem corações, não há almas curadas, mas transtornadas.

Em minha estada terrestre fui um homem que de absoluto tinha como certo a verdade bíblica,
mas me enganei na palavra porque não usei de meu bom senso,
lia, mas não passava pela compreensão,
hoje lamento os tormentos que causei,
e o mal que fiz foi a mim o mais avassalador.

Hoje recolhido nessa casa de estudo, a princípio na negação e com objetivo de descrença e zombeteiro,
fui atingido pela flecha da consciência que me arrastou do abismo que me encontrava.

Aos poucos, a luz calma lavou minha alma,
meus ouvidos, antes surdos, se abriram
e meus olhos, que viam as vantagens e somente enxergavam as palavras que me convinham e que dela pudesse utilizar como trampolim para o julgamento e dor alheia.

Via o argueiro no olho de meu irmão e me considerava eleito ao reino de Deus,
quando hoje me envergonho de minhas obras,
pois não sequei lágrimas, mas fiz muitas delas caírem em nome da palavra.

Fui um homem justo em minha visão,
aquelas que considerava desgarrado e desregrado não tinham minha compaixão
e hoje lamento e sou acolhido por irmãos que não me condenam ou julgam,
mas me olham com respeito que não dei aos outros.

Homem estudado de boa vida,
usei dela como as modalidades esquecidas da moralidade esquecida me davam de impor minhas vontades.

Como Paulo de Tarso persegui e blasfemei me achando no caminho correto.
Meus irmãos, a minha experiência me trouxe dor, a mesma que causei.
Minha cegueira espiritual me deu a cegueira do mundo dos espíritos,
abandonado e prisioneiro de minhas culpas e remorsos,
me despedi do corpo físico com pompa e honra,
mas quando aqui cheguei, em nada tinha de bom para minha arrogância e orgulho,
alvejado pelo olhar bondoso de meus irmãos que foram intermédio de minha santa mãe, a qual deixei triste a orar por mim.

Desgraçado de mim que não soube dar a ela o tratamento que ela merecia
e que hoje em mim sangra o remorso das ocupações e acusações de que seu caminho era errado,
quando o iludido e louco era eu,
que fiz de minha mãe a escrava do lar
que hoje não tenho direito a passar o umbral da porta por minha omissão.

Deus é amor
e tudo que estiver fora dessa verdade é uma armadilha das trevas.

Nosso sinceros agradecimentos.

O incalto
Não me atrevo a dizer meu nome de batismo porque dele não fui honrado o suficiente para sequer pronunciar.

16 de maio de 2025

Por Geovana S. E.